It takes time to learn something. And I mean, it really takes time! There are things you just can’t learn. Be it due to lack of time, lack of evidence, and/or the individual’s cognitive capacity and interest.

It’s important to say that this interest is also connected to one’s environment — what they have access to, or don’t. But anyway, let’s move on.

To truly learn something is to understand its metaphysical foundations. To know what you’re talking about, in the purest sense, is to already be familiar with its concepts — and that implies hours, days, months, maybe years of contact with the thing.

And at least according to my own — of course, limited — experience, there are times when understanding what something is not is one of the richest ways to, paradoxically, deepen your grasp of the thing itself. I’ll say it again: sometimes, learning what something is not is one of the most powerful ways to expand your understanding of what it is.

For example, today I realize exactly what was the biggest and most illustrative lesson on “Politics” I’ve ever had.

We had moved into a house in a gated community. All the houses had the same wall color, the same detailing, doors, and finishes.

But then everything went wrong. Deadlines fell through, the guy was a total scammer! Some families moved in even before the complex was finished or had legal approval to exist, etc. A big, messy, familiar chaos.

Once the dust settled and things began to improve, we had our first condo meeting. Among the items on the agenda was deciding what color the side doors of the houses should be. There was a standard (black doors), but things had gotten so chaotic that by then there were already all sorts of side doors: white ones, silver aluminum ones, the original black ones, and some more creative variations.

So we took a vote: those who kept their black doors, of course, raised their hands in favor of all houses having black side doors — the original color. Those whose doors were already white voted for white doors; and those with silver ones banded together to vote for silver.

Everyone wants what benefits themselves. And that’s not politics — although that’s how politics is often practiced where I come from.

So, you want to understand politics? Well, politics is not about what’s best for me. Politics doesn’t exist so that I, as an individual, can have more or less.

Politics, GPT just reminded me, “is what relates to the polis.” And polis is the community, the city-state. Polis is the place you live, where I live. And because we are part of this polis, we only do politics when our thoughts and actions are aimed at the common good. At what benefits the community.

That’s it.


#politica

Leva tempo para aprender uma coisa. Mas, assim, leva tempo mesmo! Tem coisa que nem dá para aprender. Seja por falta de tempo, de evidências e/ou da capacidade de cognição e interesse do indivíduo.

É importante que se diga que este interesse tem também a ver com o meio, o que ele tem ou não acesso. Mas, enfim, sigamos.

 Aprender algo, de fato, é conhecer os fundamentos metafísicos da coisa. Saber do que se fala, no sentido limpo, é estar previamente familiarizado com os conceitos da coisa, o que pressupõe horas, dias, meses, anos talvez, de contato com a coisa.

E ao menos de acordo com minha própria e, claro, limitada experiência, há vezes em que entender o que não é a coisa é uma das formas mais ricas para, contraditoriamente, elevar sua noção da coisa observada. Repito. Há vezes em que aprender o que não é a coisa é uma das formas mais potentes para ampliar sua compreensão sobre a coisa.

Por exemplo, hoje me dou conta precisamente de qual foi a maior e mais ilustrativa aula sobre ‘Política” que tive.

Tínhamos nos mudado para uma casa em um condomínio fechado. As casas tinham todas a mesma cor nas paredes, nos detalhes, portas e acabamentos.

Mas aí deu tudo errado. Atrasou tudo, o cara era o maior pilantra! Algumas famílias se mudaram antes mesmo do condomínio ficar pronto ou sequer ter autorização para existir etc. Uma grande e familiar bagunça.

Quando a poeira baixou e as coisas estavam querendo melhorar, fizemos nossa primeira reunião de condomínio. Entre o que foi votado lá, entrou na pauta qual cor deveria ser a cor da porta lateral da casa. Havia um padrão (portas pretas), mas a bagunça foi tanta que na ocasião já havia todos os tipos de portas laterais: brancas, prateadas de alumínio ou as pretas como entregue originalmente, entre outras de vizinhos mais criativos.

Então, fizemos a contagem: Aqueles que preservaram a porta preta, oras, ergueram as mãos em favor da porta lateral de todas as casas serem da cor preta- cor original. Aqueles que já tinham suas respectivas portas brancas, votaram pelas portas brancas; e aqueles cujas respectivas portas já eram prateadas se reuniram pelo voto pela porta prateada.

Cada um quer o que que é melhor para si. E isso não é política, embora pratique-se política de forma parecida de onde eu vim.

Portanto, quer entender de política? Oras, política não é sobre o que é melhor para mim. A política não existe para que eu, indivíduo, tenha mais ou menos coisas.

Política, respondeu-me agora o GPT, “é o relativo a pólis”.  Já “Pólis” é a comunidade, cidade-estado. Pólis é o lugar que você vive, que eu vivo. E por estarmos nesta pólis, faremos política somente quando direcionarmos nossas ações e pensamento para o que é de bem comum. Para o que é comunitário.

É isso.